sábado, 22 de maio de 2010

Dogons

Dogon é um povo que habita o Mali e o Burkina Faso. Os Dogons do Mali vivem em uma remota região no interior da África oriental - são cerca de 200 mil e a sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Níger.


Aldeia Dogon (Banani).

Ainda não podem ser qualificados como primitivos, pois possuem um estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir conhecimentos científicos. Contudo, possuem um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sirius (incluindo pelo menos uma estrela que ainda não foi identificada pelos astrônomos) e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes Dogons, dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, há séculos antes dos astrônomos.




Esses conhecimentos foram publicados pela primeira vez em 1950, no "A Sudanese Sirius System", escrito pelos antropólogos franceses Germaine Dieterlen e Marcel Griaule, que viveram muito tempo com os Dogons no final dos anos 1940. Os dois cientistas ganharam a confiança dos sacerdotes até o ponto deles lhe confiarem esses notáveis conhecimentos, muito ligados às suas crenças religiosas.

A astronomia Dogon

A origem da vida

Para os Dogons, toda a criação está vinculada à estrelas que eles chamam de Po Tolo, que significa estrela semente. Esse nome vem da minúscula semente chamada de Fonio, que em botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta semente, os Dogons referem-se ao inicio de todas as coisas. Segundo os Dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como anã branca, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira muito menor da brilhante Sirius A, da constelação Cão Maior.

A profusão de detalhes astronômicos que os Dogons possuem é assustadora. Por exemplo; sabem que a Po Tolo tem uma enorme densidade, totalmente desproporcional ao seu reduzido tamanho e acreditam que isso deve-se à presença do sagala, um metal extremamente duro e desconhecido na Terra. Continuam descrevendo que as órbitas compartilhadas da Sirius A e da Sirius B formam uma elipse, com a Sirius A localizada em um dos seus focos, sendo uma idéia diferente e mais verossímil que a de Johannes Kepler, do século XVII, que propôs que os corpos celestes se moviam em círculos perfeitos.

Os Dogons também dizem que a Sirius B demora 50 anos para completar uma órbita em volta da Sirius A, a astronomia moderna estabeleceu que o seu período orbital é de 50,4 anos. Igualmente intrigante é a sua afirmação de que a Sirius B gira em torno do seu próprio eixo e demora um ano terrestre para terminar este movimento. Alguns astrônomos afirmam que isso é possível, enquanto outros discordam dizendo que esse período de rotação é muito longo para uma estrela tão pequena e densa.

Mas, o que é realmente assustador é o conhecimento que dizem ter sobre o terceiro astro do sistema Sirius, descoberto apenas recentemente pelos astrônomos, já que possui um tamanho irrelevante perto dos dois outros astros do sistema, e por isso levou quase meio século para ser descoberto. Os Dogons chamam este terceiro corpo de Emme Ya, ou Mulher Sorgo (um cereal) e dizem que é uma estrela pequena com apenas um planeta em sua órbita, ou um grande planeta com um grande satélite. Os modernos interpretes dessa tradição chamam esta estela de Sírius C.

Influências Européias

A conclusão de que a informação recebida por Dieterlen e Griaule era conhecida pelos Dogons há milhares de anos, e é aceita pelo membro da Royal Astronomical Society, Robert Temple, uma vez que há provas a favor de tal afirmação. Contudo, há um grupo de críticos que não concordam com essa informação. Entre este grupo de cético, estão Carl Sagan, Ian Ridpath, James Oberg e Ronald Story.

Segundo eles, os exploradores da Europa e dos Estados Unidos encontraram os Dogons há 150 anos e forneceram-lhes informações sobre Sirius, que logo foi incorporada à sua cosmologia. Tais céticos por muitas vezes são considerados racistas, por não acreditarem que um povo negro poderia desenvolver conhecimentos tão precisos e que, para tal feito, necessitaria de contato com povos brancos europeus.

Prova a favor dos Dogons:

Contudo, em uma entrevista ao programa Horizon da BBC, Germaine Dieterlen não concordou com esse ponto de vista e, para prová-lo, mostrou um esquema feito pelos Dogons do sistema Sirius de 500 anos de idade. Além disso, outros pesquisadores argumentam que muitos dos astrônomos dos Dogons não eram conhecidos no Ocidente até o século XX.

As migrações gregas

Os pesquisadores afirmam que os conhecimentos sobre o sistema Sirius dos Dogons possuem milhares de anos, e tem a seu favor as provas históricas. Supõe-se que os Dogons são remotos descendentes dos gregos que colonizaram a parte da África que atualmente constitui a Líbia. O historiador romano Heródoto os chama de Garamantianos, de Garamas, o folho de Gaia, a deusa grega da terra. Os elementos da tradição grega são muito parecidos à preocupação dos Dogons com os números. Além disso, durante a sua permanência na Líbia, aqueles gregos expatriados poderiam ter adquirido alguns conhecimentos dos seus vizinhos, os antigos egípcios.
Séculos de lenta emigração para o sul levaram os Dogons ao Rio Níger, onde se estabeleceram e se misturaram com os habitantes negros locais. Segundo o historiador do século XX, Robert Graves, os últimos restos dessa errante tribo estão agora em uma aldeias chamada Koromantse, também chamada Korienze, a 75 km de distância de Bandiagara.

Visitantes Anfíbios

Para alguns, isso constitui uma prova irrefutável da antiguidade dos conhecimentos astronômicos dos Dogons. Mas a forma como os adquiriram continuam sem respostas. Como um povo que não dispunha de instrumentos óticos poderia conhecer os movimentos e as características da estrela mais brilhante, da sua companheira pouco visível e de um terceiro astro do qual ainda não existem provas cientificas de sua existência?

Os Dogons explicam os seus conhecimentos astronômicos do sistema Sirius de uma forma muito simples: seus antepassados os adquiriram de visitantes anfíbios extraterrestres, chamados por eles de Nommos, provenientes da estrela Po Tolo (Sirius B). As descrições feitas pelos Dogons são muito precisas.

Contam que os Nommos chegaram pela primeira vez do sistema Sirius em uma nave que girava em grande velocidade quando descia e que fazia um barulho tão forte quanto o rugido do vento. Também dizem que esta máquina voadora rebateu ao aterrissar como se fosse uma pedra pela superfície da água, semeando a terra com jorros de sangue. Alguns estudiosos dizem que jorros de sangue na língua Dogons é semelhante a escape de foguete, o empuxo invertido usado nos veículos espaciais. Os Dogons também falam que pode ser interpretada como nave mãe colocada em órbita. Isso não é tão estranho quanto parece: A Apolo ficou em órbita Lunar enquanto o módulo descia para fazer a primeira alunissagem em julho de 1969.

Tudo isso parece ridículo se não fosse pelo paralelismo com as civilizações que apareceram na época das migrações dos antepassados dos Dogons. As representações artísticas dos Nommos na forma de réptil parecem-se ao semideus babilônico Oannes com rabo de peixe, aos anfíbios dos acadianos conhecidos como Ea, e à representação na arte primitiva egípcia de Ísis em forma de sereia. Todos esses personagens foram, para seus respectivos adoradores, os pais das suas civilizações.

Então de onde vêm os conhecimentos dos Dogons? Os seus vínculos com as antigas civilizações do Oriente Médio dependem da aceitação da teoria que diz que seus antepassados teriam viajado até o sul, enquanto a afirmação de que os extraterrestres descreveram-lhes o sistema estelar. Tal afirmação também poderia ser entendida como racista, uma vez que, na maioria das vezes, só povos não brancos, como os das grandes civilizações e povos ameríndios e africanos é que não tem reconhecido o mérito pelo conhecimento que possuem, sendo tal mérito atribuído a alienígenas ou a alguma civilização de outro fenótipo que não ameríndio ou negro.

Correspondentes egípcios

A Sirius A era conhecida pelos antigos egípcios como Sothis. Seu ano começava como os dias do Cão, quando a Sirius, a estrela da constelação Cão Maior, surgia atrás do sol, por volta do dia 23 de julho. Aparentemente também conheciam a Sirius B porque, nas suas tradições religiosas, a deusa Ísis era símbolo da Sirius A e Osíris, seu consorte, era associado à sua escura companheira.

Os antigos rituais vinculam Ísis a Sirius. A câmara do ano novo do templo de Dendera foi construída de forma que a luz da Sirius seja canalizada por um corredor até o interior da câmara.

Isso é um antecedente da cerimônia Sigui que os Dogons celebram quando a Sirius pode ser vista pela fresta de uma rocha da aldeia de Yougo Dogorou. Devido ao fato de Osíris ser adorado como o senhor da vida após a morte e as lendas dos antigos egípcios falarem de almas, que voavam a uma mansão imortal junto aos deuses, é possível que considerassem que essa mansão estivesse localizada na Sirius B.

Répteis humanos

Os Dogons acreditam que deuses (Nommos) vieram de um planeta do sistema Sirius, há 5 ou 6 mil anos. Na linguagem dogons, Nommos significa associado à água; bebendo o essencial. Segundo as lendas, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como senhores da água. A arte Dogon, sempre mostra os Nommos parte humanos, parte répteis. Lembram o semideus anfíbio Oannes dos relatos babilônicos e o seu equivalente sumério Enki. Os textos religiosos de muitos povos antigos referem-se aos pais de suas civilizações com seres procedentes de algum lugar diferente da Terra. Coletivamente, isso é interpretado por algumas pessoas como a prova da existência de vida extraterrestre que estabeleceu contato com o nosso planeta em um passado distante.

Fonte: Wikipédia

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